Aos verdadeiros amigos, que tão cedo partiram

É não querer acreditar e pensar em outras coisas para distrair a mente, quem sabe enganar a vida e nada ter acontecido.

É lembrar dos bons momentos e sentir o coração parar de bater quando a realidade é que eles não voltarão a acontecer.

É reavaliar suas atitudes no passado e desejar com toda a sua existência poder voltar no tempo para viver só mais um instante ao lado daquele ser tão puro, tão inocente e tão cheio de amor.

Aos poucos a vida vai nos afastando dos sentimentos. As memórias vão ficando embaçadas e confusas. Nós sabemos que a dor vai ser anestesiada com a rotina do dia a dia. Mas o amor, o amor nunca vai deixar de existir.

Nao existe homenagem que baste, não existe consolo que apague… Nada é capaz de resumir, porque não existe resumo onde caiba tudo o que aprendemos e tudo o que sentimos.

Eles chegam com um olhar doce, o rabinho abanando, a festinha ao nos ver. Eles sentam ao nosso lado e nos transmitem toda a sua paz, toda a sua sabedoria, toda o seu amor. Nos ensinam o verdadeiro significado do amor. Ah, são tantas lições! Limpam nossas tristezas. Nos fazem crianças outra vez jogando uma bolinha ou correndo pela casa ao brincar de pega em desvantagem por terem 4 patas. Nos fazem pais exemplares e extremamente protetores.

Nunca mais seremos os mesmos.

Uma parte de nós vai embora quando eles partem. Uma parte deles fica para sempre conosco.

Ah, que saudades!

Quanto tempo perdido, quanto amor disperdiçado, quando trabalho inútil, quanta valorização mal direcionada. O tempo que deveria ter sido para eles, o amor que deveríamos sim ter exagerado a eles, o trabalho que não deveria ser a prioridade, a valorização a momentos e talvez pessoas que não mereciam como eles.

Que eles possam perdoar nossas falhas. Que possamos ser pessoas melhores depois de tê-los tido em nossas vidas. Que possamos honrar o presente, a dádiva, que nos deram em nos permitir ter estado junto deles em sua tão curta existência.

* Dedicado ao meu amado e eterno Bebe. Te amo meu fandanguinhos! *

Autora: Thais Paolucci