Caminhando para o erro novamente

Mil pensamentos na mente, medo no coração, uma dor na alma que se reflete no corpo e estilhaça a vida aos poucos. O que fazer? Caminhar em direção ao lago? Sim, mas os pés sobre o cascalho grosso começam a sentir os pequenos cortes aparecerem.

Quantas vidas já passaram por ali? Ouvindo a música no ar, uma mistura do vento, dos risos, dos medos e dos caminhos deixados para trás?

O caminho, mesmo longo, não permite descanso, pausa ou parada. Não há nada que alivie a jornada. Nem os pardais que sobrevoam o caminho, nem as sandálias que deveriam estar nos pés, mas há muito se perderam.

E o melhor é seguir neste caminho. Uma hora o tempo cansa de brincar, estreita a distância e nos deixa molhar os pés surrados no lago.

Que as águas curem ao invés de arder, que o vento sopre suave e a música mude a melodia, que os medos e as dores tenham ficado para trás.

E, que não haja outros caminhos além do lago. Somente o estar, ser, viver e gozar a vida.

Autora: Thais Paolucci