Escrever
Escrever.
Seria uma ação, correto? Mas, não. Escrever, na verdade não é nada. Talvez apenas uma forma de expormos o que sentimos. De deixarmo-nos sentir e libertar tudo o que estiver preso.
Talvez escrever seja uma mágica. Com o passar dos anos os papéis e canetas poderão desaparecer, os livros serão artigos de museu, e ao pensarmos estes pensamentos serão convertidos em imagens 3D.
Mas escrever, muito se parece com chorar. Porque são as lágrimas que levam para fora de nós o que já não cabe mais aqui dentro. Elas levam alegria, tristeza, solidão, saudades e todos as demais emoções. A única diferença entre escrever e chorar? As palavras podem aproximar, nos levar a viajar para longe, e ainda assim permanecerão para sempre na história, desde que uma vez libertas. Já as lágrimas são únicas, mesmo quando repetidas, tanto faz, porque elas morrem ali, naquele mesmo momento, com quem viu ou sentiu. Com quem acreditou, quem aplaudiu e quem chorou.
Escrever é mais do que colocar poder na ponta dos dedos e dividir sentimentos. Escrever é também carregar para dentro de si. A cada palavra ouvida, a cada palavra lida, o mundo muda, as pessoas mudam, a mente cresce.
Consolador, atraente, manifesto e sensível. Algo mais? Por hoje é apenas isso. Ou melhor, são apenas palavras.
Autora: Thais Paolucci