Que se fizesse notar

Era também o olhar. O jeito doce de tratar. A demonstração constante de sentimento. O carinho que o mundo pudesse notar. Era também o dizer. Mas principalmente o ouvir. Era o estar aqui e estar lá sem nunca partir. Era o viver. Mas era também o sonhar. Era tudo o que se pudesse sentir, mas algo que fizesse notar.

Precisava mais do que palavras vazias. Precisava mais do que olhares perdidos. Se esperava mais do que paixão com medida. Se desejava um desejo que extravasse a razão.

Eram fotos, ou vídeos. Canções e prosas. Eram presentes e presenças. Dignidades e percepções. Demonstração de admiração mesmo que por paixão. Reconhecer e enaltecer com brilho nos olhos e que se pudesse ver essa paixão transparecer.

Talvez tudo tenha sido. Talvez nada tenha sido. Talvez esse nunca será. Um outro, talvez. Momento ou ser. Um dia será. Ou viverá. Em outro amor desmedido, sonhado e idealizado para ser sentido e demonstrado com fulgas excentricidade, digno de liberdade mas detentor de um querer ficar e nunca partir só gritar para o mundo ouvir, porque tão grande será que não caberá em duas simples palavras que qualquer um pode balbuciar como troca de bom dia.

O que puder ser mais que eu te amo e nunca menos do que se deseja. Porque de amor a jarra se enche, mas sem vê-la é que a derrama.

Autora: Thais Paolucci